quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Vacinação na gravidez





A vacinação faz parte dos cuidados do pré-natal da gestante. Sua finalidade além de proteger a gestante é transmitir essa proteção ao bebê até que ele possa receber as vacinas e ser imunizado. A gestação e amamentação ajudam a proteger a criança até o início do calendário vacinal.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recomenda quatro vacinas neste período: a influenza; hepatite B; dupla adulto (difteria e tétano - dT); e a difteria, tétano e coqueluche (dTpa).
O esquema de vacinação depende do histórico vacinal de cada mulher e este deve ser avaliado pelo profissional que a acompanha durante o pré-natal.
Influenza
Aplicada durante a campanha nacional em qualquer momento da gravidez.
Hepatite B
O esquema clássico é composto por 3 doses após o primeiro trimestre da gestação.
dT (Difteria e tétano)
O esquema clássico é composto por 3 doses e um reforço a cada 10 anos. Em caso de gravidez, caso a data da última dose tenha excedido 5 anos, uma dose de reforço deve ser aplicada.
dTpa (Difteria, tétano e coqueluche)
Aplicada entre a 27ª e 36ª semana de gestação, foi incorporada ao calendário de vacinação em 2014 e é fundamental para a redução da mortalidade dos recém-nascidos.
O esquema de vacinação completo da dupla adulto é de três doses (devendo ser reforçada a cada intervalo de dez anos) podendo ser tomada a partir dos 10 anos de idade. Se a mulher não tomou nenhuma dose dessa vacina antes de engravidar, é necessário tomar duas doses da dupla adulto, com intervalo de no mínimo 30 dias e complementar com a dTpa. Caso a mulher tenha tomado uma dose da dT antes da gestação, ela deverá reforçar o esquema com mais uma dose da dT e outra da dTpa. Já para as mulheres que se preveniram com duas ou mais doses da dT, recomenda-se a a dTpa administrada com apenas uma dose. Mulheres grávidas devem tomar uma dose da dTpa em cada gestação, independente de terem tomado anteriormente.
Hoje, a coqueluche é um problema de saúde pública no mundo, devido ao seu aumento de casos nos últimos anos. No Brasil, 87% dos casos de coqueluche se concentram em crianças menores de seis meses. Isso acontece porque elas ainda não estão protegidas contra a doença, sendo mais suscetíveis. Dessa forma, as mães passam proteção aos seus bebês até que eles consigam cumprir o calendário completo de vacinação

Vacinas compostas de vírus vivos como a tríplice viral, varicela e febre amarela, se possível e de preferência, devem ser aplicadas pelo menos 30 dias antes do início da gestação, e nunca durante a gestação.

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