Estudos
demonstraram que tradicionalmente, as crianças eram amamentadas por 3 ou 4 anos
e desmamavam naturalmente, ou seja por conta própria, mamavam de acordo com a
sua vontade.
A Associação
Americana de Pediatria (APP) recomenda a amamentação até um ano de idade, já a
OMS e UNICEF recomendam até dois anos ou mais.
Todos os dados
apresentados abaixo são baseados em estudos.
Essa
recomendação baseia-se no fato de que o leite materno, após o primeiro ano de
vida, continua sendo uma importante fonte de nutrientes e de proteção contra
doenças infecciosas e metabólicas, além da amamentação propiciar um adequado
vínculo entre mãe e filho. Também existem evidências dos benefícios do
aleitamento materno para mãe a longo prazo como a redução do risco de
neoplasias, doenças cardiovasculares e metabólicas.
Em estudo
realizado em seis países incluindo o Brasil, pode-se observar que a mortalidade
por doenças infecciosas era 6 vezes maior em crianças menores de 2 meses não
amamentadas, quando comparadas as crianças amamentadas ao seio. Durante os seis
primeiros meses a proteção contra mortes por diarréia foi maior do que a
proteção contra infecções respiratórias. Após esse período, a proteção entre
ambas as doenças se estabilizava. Porém, enquanto com o passar da idade a
proteção contra mortes por diarréia diminui, a proteção contra infecções
respiratórias se mantém constante nos primeiros 2 anos de vida das crianças
amamentadas.
Em estudos
recentes pode-se observar que o tempo de amamentação é inversamente
proporcional ao risco de sobrepeso, ou seja, quanto mais tempo amamentado menor
o risco de obesidade.
Crianças
amamentadas, além de terem o risco de obesidade reduzido, possuem melhor
autorregulação da ingestão de calorias (comem menos por impulso), fatores
responsáveis pela redução de cerca de 40% do risco de diabete tipo 2.
O risco de
câncer de mama para a mãe que amamenta diminui 4,3% para cada 12 meses de
amamentação e está correlacionado com a redução de câncer de mama e ovário.
Para cada ano
de aleitamento materno, o risco de diabetes tipo 2 diminui em 15% para a mãe.
Diante de
todos esses benefícios do aleitamento até dois anos ou mais, tanto para bebê
como para a mãe, a amamentação deve ser considerada uma questão de saúde
pública. Profissionais capacitados são fundamentais na defesa e apoio à
amamentação.
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