terça-feira, 19 de maio de 2015

As experiências com a amamentação

Aqui estão os relatos das mamães que gentilmente decidiram dividir brevemente suas histórias sobre amamentação conosco.

Não discutimos se o que fizeram foi certo ou errado. Aqui mostramos que quase todas as mães passam por dificuldades no início da amamentação, mas que superaram. Não acredite que só você tem problemas, que faz coisas erradas, mas acredite que você irá superá-las, assim como essas mães! Confie em você, confie no seu leite, busque apoio e informação ainda durante a gestação. Isso faz toda a diferença.

“O início da amamentação foi muito doloroso pra mim, mas em nenhum momento pensei em desistir e graças ao super apoio que tive amamentei meu bebê até um ano! Faria tudo de novo! Tenho saudades.....”.

“ Estou iniciando a amamentação. Meu bebê está hoje com 20 dias. Sofri muito no início com as mamas empredadas, o bebê que não queria pegar o peito, depois ele rejeitou uma mama. Mas fui superando cada dificuldade a cada dia! Hoje está quase tudo encaminhado, porém meus bicos começaram a machucar! Estou usando duas pomadas entre a amamentação, mas ainda sem resultado. Mas gostaria de superar mais essa fase porque a amamentação é um momento mágico e nunca pensei que fosse gostar tanto!! É um prazer alimentar meu filho”.

“Minha filha tem 26 dias de nascida. Ela mama no peito e faço um complemento com leite Nan porque meus seios ficaram com fissuras, ainda estão um pouco e também resolvi dar o leite porque ela nascei com baixo peso e muita fome! Minha sorte é que ela prefere o meu peito sempre e desde o 5º dia pra cá quando começou a descer o leite nós começamos  nos afinar e estamos aprendendo juntas a fazer a pega certa, ela ainda erra, mas sinto que em breve ela vai mamar só no peito. É preciso ter paciência e persistir”. “Amamentar é um ato de amor incrível, vale a pena o nosso esforço e empenho pela saúde de nossos bebês”.

“Todos me diziam que eu não teria leite, desde a gestação, já que meus seios são pequenos e minha mãe bebê leite por apenas 2 semanas. Minha pequena nasceu numa quinta-feira com 3,2Kg, saímos da maternidade no sábado com 3Kg e passou o fim de semana aos prantos pois meu leite não havia descido. No domingo meu marido comprou leite artificial, mas ela aceitou pouco, regurgitava quase tudo. Na segunda-feira fomos no pediatra e ela já estava com 2,8Kg, estava super chateada e incomodada com os comentários negativos das pessoas. Graças a Deus a partir desse dia, meu leite desceu!! E hoje minha filha está com quase 5 meses com leite materno exclusivo e se desenvolveu super bem!! 7,4Kg e 68,1cm”.


“Achei que nunca teria leite, e hoje me sinto uma “vaca leiteira”. Meu leite demorou 3 dias para descer, cheguei a beber 7 litros de água de coco em um dia, mais um litro de caldo de cana, não sei se foi muito liquido, mas já cheguei em casa esbanjando leitinho. Logo o bico do peito machucou de forma que eu chorava toda vez que ia dar mama. Até que uma amiga me apresentou Lanolina, de um dia para outro meu peito estava novo!!! Não tem sensação mais gostosa que amamentar, o prazer que me proporciona é único, me faz chorar!!! Minha filha está com 38 dias...linda e saudável”.

Minha experiência com a amamentação

Sou enfermeira, especializada em neonatologia e trabalhei por 6 anos em UTI Neonatal. Convivi com muitas mães, bebês, e muitas alegrias em relação a amamentação, embora com algumas dificuldades pois bebês prematuros requerem mais atenção e dedicação, tanto dos profissionais como das mães.
Sempre quis amamentar, mesmo antes de ser mãe. Durante a gestação me perguntavam sobre a amamentação e eu dizia com toda convicção do mundo que eu queria muito e iria amamentar.
Minha filha nasceu com 2.550Kg, o que chamamos de PIG (pequena para a idade gestacional) e precisou fazer alguns exames pelo seu baixo peso (graças a Deus todos normais) e um deles era o controle da glicemia capilar (chamamos de Dextro).
Ao recebê-la em meu braços o que eu mais queria era amamentar, porém como acontece com muitos bebês, ela havia apresentado alguns episódios de vômito, pois engolem “sujeiras” do parto, então fui orientada para aguardar um pouco antes de amamentar para ver se ela não vomitava mais.
Finalmente, após a espera chegou o tão esperado momento de amamentar. Como enfermeira neonatal de um Hospital Escola e Hospital Amigo da Criança, onde recebemos treinamentos diversas vezes por ano sobre amamentação, achei que iria tirar de letra a amamentação, logo coloquei-a para mamar e tudo corria bem. Aquele exame Dextro, lembram , deram todos normais. Na alta ganhei ate parabéns pois ela havia perdido apenas 5% do seu peso de nascimento (bebês podem perder até 10%).
Fomos para casa, e como toda mãe apesar de muita alegria, havia também insegurança, medo, ansiedade para que tudo corresse bem.
Nas primeiras noites, minha filha não dormia, vivia no peito e a insegurança começou a bater, será que ela esta bem alimentada¿ Chorei bastante viu¿ E recebi muito apoio do meu marido. E na primeira consulta para a minha alegria, após 9 dias de nascida, Marina havia engordado 500g. Fiquei muito feliz e claro mais confiante, porém o que me incomodava muito é que ela machucava um pouco meu seio, tive fissuras e para quem já passou por isso, sabe o quanto dói, incomoda e causa frustração na mãe. Tentei diversas mudanças, posição, tudo e nada parecia fazer ela parar de me machucar.
Foi quando decidi pedir apoio para uma amiga fonoaudióloga que trabalhava como na UTI, e cuidava apenas de amamentação. Ela foi um anjo na minha vida, ela me atendeu duas vezes e após o seu apoio tudo mudou. Percebi coisas que eu poderia mudar para melhorar, não que as que eu fazia estavam erradas, mas mudanças que melhor se adaptavam à mim e minha filha. E graças a Deus, e a minha colega Mari, ainda amamento minha pequena Marina que fará um ano dia 11/05 e também doei leite materno, para o hospital que trabalhava, por alguns meses.
Com a minha experiência pessoal pude aprender muitas coisas, que nós profissionais da saúde, especialmente especializados em neonatologia, pediatria, ginecologia e tudo que envolve o mundo materno infantil, ao engravidarmos tiramos férias da nossa profissão e esquecemos quase tudo que sabemos. Quando a história acontece na nossa vida e na nossa família, o lado emocional  toma conta e não conseguimos pensar como profissionais. Isso é totalmente natural e sei que acontece com muitas mulheres.
Por isso a ajuda neste momento, além da família, e posso dizer que meu marido e minha mãe foram maravilhosos comigo, a experiência e apoio profissional especializado faz toda a diferença. Nos sentimos frágeis, inseguras, muitas vezes palpites de familiares nos deixam ainda mais confusas, claro que querem ajudar mas nem sempre da certo. E quando temos por perto um profissional que sabe e entende do que faz, nos sentimos mais seguras em acreditar que somos capazes de amamentar.
Pensei muitas vezes em desistir, mas meu amor pela minha filha e minha convicção por todos os benefícios do aleitamento materno, não me deixaram.

E hoje olho para trás e tenho muito orgulho de mim, de amamentar até hoje. Não desista, se informe, leia, busque apoio e com certeza você também se orgulhará da sua história.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Minha experiência com a amamentação

Sou enfermeira, especializada em neonatologia e trabalhei por 6 anos em UTI Neonatal. Convivi com muitas mães, bebês, e muitas alegrias em relação a amamentação, embora com algumas dificuldades, pois bebês prematuros requerem mais atenção e dedicação, tanto dos profissionais como das mães.
Sempre quis amamentar, mesmo antes de ser mãe. Durante a gestação me perguntavam sobre a amamentação e eu dizia com toda convicção do mundo que eu queria muito e iria amamentar.
Minha filha nasceu com 2.550Kg, o que chamamos de PIG (pequena para a idade gestacional) e precisou fazer alguns exames pelo seu baixo peso (graças a Deus todos normais) e um deles era o controle da glicemia capilar (chamamos de Dextro).
Ao recebê-la em meu braços o que eu mais queria era amamentar, porém como acontece com muitos bebês, ela havia apresentado alguns episódios de vômito, pois engolem “sujeiras” do parto, então fui orientada a aguardar um pouco antes de amamentar, para ver se ela não vomitava mais.
Finalmente, após a espera chegou o tão esperado momento de amamentar. Como enfermeira neonatal de um Hospital Escola e Hospital Amigo da Criança, onde recebemos treinamentos diversas vezes por ano sobre amamentação, achei que iria tirar de letra a amamentação, logo coloquei-a para mamar e tudo corria bem. Aquele exame Dextro, lembram? Deram todos normais. Na alta ganhei até parabéns pois ela havia perdido apenas 5% do seu peso de nascimento (bebês podem perder até 10%).
Fomos para casa, e como toda mãe apesar de muita alegria, havia também insegurança, medo, ansiedade para que tudo corresse bem.
Nas primeiras noites, minha filha não dormia, vivia no peito e a insegurança começou a bater, será que ela esta bem alimentada? Chorei bastante viu? E recebi muito apoio do meu marido. E na primeira consulta para a minha alegria, após 9 dias de nascida, Marina havia engordado 500g. Fiquei muito feliz e claro mais confiante, porém o que me incomodava muito é que ela machucava um pouco meu seio, tive fissuras e para quem já passou por isso, sabe o quanto dói, incomoda e causa frustração na mãe. Tentei diversas mudanças, posição, tudo e nada parecia fazer ela parar de me machucar.
Foi quando decidi pedir apoio para uma amiga fonoaudióloga que trabalhava comigo na UTI, e cuidava apenas de amamentação. Ela foi um anjo na minha vida, me atendeu duas vezes e após o seu apoio tudo mudou. Percebi coisas que eu poderia mudar para melhorar, não que as que eu fazia estavam erradas, mas mudanças que melhor se adaptavam à mim e minha filha. E graças a Deus, e a minha colega Mari, ainda amamento minha pequena Marina que fez um ano dia 11/05 e também doei leite materno, para o hospital que trabalhava, por alguns meses.
Com a minha experiência pessoal pude aprender muitas coisas, que nós profissionais da saúde, especialmente especializados em neonatologia, pediatria, ginecologia e tudo que envolve o mundo materno infantil, ao engravidarmos tiramos férias da nossa profissão e esquecemos quase tudo que sabemos. Quando a história acontece na nossa vida e na nossa família, o lado emocional  toma conta e não conseguimos pensar como profissionais. Isso é totalmente natural e sei que acontece com muitas mulheres.
Por isso a ajuda neste momento, além da família, e posso dizer que meu marido e minha mãe foram maravilhosos comigo, a experiência e apoio profissional especializado faz toda a diferença. Nos sentimos frágeis, inseguras, muitas vezes palpites de familiares nos deixam ainda mais confusas, claro que querem ajudar mas nem sempre dá certo. E quando temos por perto um profissional que sabe e entende do que faz, nos sentimos mais seguras em acreditar que somos capazes de amamentar.
Pensei muitas vezes em desistir, mas meu amor pela minha filha e minha convicção por todos os benefícios do aleitamento materno, não me deixaram.

E hoje olho para trás e tenho muito orgulho de mim, de amamentar até hoje. Não desista, se informe, leia, busque apoio e com certeza você também se orgulhará da sua história.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Mastite

A mastite é uma inflamação de um ou mais segmentos da mama, geralmente unilateral ou seja, em apenas uma das mamas.
As mães que são acometidas pela mastite, normalmente ficam muito sensíveis e fragilizadas, sendo de suma importância o apoio familiar e de um profissional especializado.
A maior incidência ocorre na segunda ou terceira semana após o parto.

Fatores predisponentes:
  • Fadiga;
  • Stress;
  • Restrições na alimentação;
  • Mau posicionamento do bebê;
  • Obstáculo no trajeto da drenagem do leite de um setor da mama. Esse obstáculo pode ser causado por bloqueio ductal, como o uso de sutiã apertado, que impede a descida do leite na região onde a alça faz pressão demasiada ou pressão dos dedos que seguram a mama;
  • Redução da frequência das mamadas.




Qualquer fator que atrapalhe o fluxo do leite pode levar a mastite, pois o leite se acumula no interior dos alvéolos (céluas que produzem o leite na mama), aumentando a sua pressão. A mastite acontece quando a parede dos alvéolos se rompem e o leite acumulado no seu interior extravasa para o tecido em torno dos alvéolos, causando um processo inflamatório.

Sinais e sintomas:
  • Início súbito após 10 dias do início da amamentação;
  • Unilateral, em apenas uma mama;
  • Dor intensa localizada;
  • Calor localizado;
  • Vermelhidão no local afetado;
  • Febre;
  • Mal estar.
  • Os sintomas no geral lembram os sintomas da gripe.




Nesta fase a mastite pode ser resolvida através da retirada dos fatores que estão impedindo o fluxo do leite.
Caso não seja resolvido pode evoluir para a infecção, através de bactérias que tem como porta de entrada, na maioria das vezes a fissura mamilar, podendo evoluir para um abscesso mamário.

Tratamento
  • Repouso;
  • Amamentação em livre demanda;
  • Ordenha da mama afetada caso necessário;
  • Uso de sutiã adequado;
  • Antibióticos – apenas nos casos infecciosos e prescrito pelo médico;
  • Analgésicos prescritos pelo médico.


         A amamentação não é contra-indicada nas mulheres com mastite!


A prevenção é o melhor remédio para a mastite. Orientações adequadas sobre e o início precoce da amamentação são fundamentais. Através da amamentação em livre demanda, da pega correta e completo esvaziamento da mama, a mastite pode ser prevenida.