segunda-feira, 27 de abril de 2015

O choro do bebê

O recém-nascido deve iniciar sua vida extra uterina através de um choro forte e vigoroso, é assim que todos esperam. É a forma mais eficaz para que ele se comunique com o mundo, para que chame a atenção das pessoas para o que está sentindo. Os bebês não choram apenas de fome ou dor, mas também para demonstrar que algo os incomoda.
Apesar disso, o choro é motivo de desespero e ansiedade para os pais, já que chorar é o que o recém-nascido sabe fazer e decifrar o motivo do choro no início não é tarefa fácil para os recém pais.
Cada bebê reage de um jeito, não compare seu filho com outros recém nascidos. Os bebês tem personalidades e necessidades individuais. A duração e intensidade do choro no lactente é altamente variável. Alguns recém nascidos podem chorar entre 5 minutos e 2 horas ou mais por dia.
Muitas vezes o choro do bebê é motivo para os pais acharem que a “mãe tem pouco leite”,  que “o leite é fraco” e que “o leite não está sustentando o bebê”. Mesmo chorando por outro motivo, ao ser colocado para mamar, o bebê costuma ficam mais calmo, já que a sucção  acalma o bebê mas como sua queixa não é a fome, ele logo larga o peito e volta a chorar, porque o real motivo do choro não fio sanado, criando a falsa impressão de fome.
Os primeiros dias realmente são difíceis. Apesar de estarem juntos há 9 meses, tudo é muito novo. Pais e bebês estão se conhecendo e com o passar dos dias, através da convivência, vocês irão descobrir que o bebê chora de formas diferentes, que cada choro tem seu significado e qual será a melhor maneira de atender as necessidades do seu bebê.
Por isso, observá-lo é muito importante. Diante de algumas situações, ao menor barulho, as mães correm para ver o que é, pegam no colo, passam a mão, oferecem o seio, sem antes observá-los. Observe suas reações, movimentos, como ele reage diante dos estímulos.

Conhecer o seu bebê é um exercício diário, através de um olhar sensível prestar atenção nos sinais que ele demonstra. E assim, dia a dia, entender por que ele chora e aprender a atender todas as suas necessidades.

Principais motivos do choro

  • Cólicas;
  • Fome;
  • Desconforto: pode ser dor ou posição desconfortável;
  • Calor;
  • Frio;
  • Fralda suja;
  • Sono;
  • Excesso de estímulo ou irritação: as vezes muitas visitas e movimentação incomoda os bebês;
  • Atenção: muitas vezes os bebês querem colo e o carinho dos pais;
  • Conforto: enrolar os bebês em cueiros ou fraldas de panos os faz sentir mais segurança.

 Com carinho e paciência, dia a dia vocês irão se conhecer melhor e saber porque seu bebê chora será tarefa simples.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Cuidados ao visitar o recém nascido

A chegada de um bebê na família e em seu círculo de amizade com certeza é um grande acontecimento. Todos querem conhecer o mais novo integrante da família, parabenizar os pais pelo nascimento de sua linda criança, porém, alguns cuidados precisam ser tomados enquanto o bebê ainda é muito pequeno.
Embora durante a gestação e com a amamentação o bebê receba os anticorpos da mãe, seu organismo ainda é muito imaturo, e precisa de um tempo para se fortalecer. Assim como os pais e bebê precisam se conhecer e se adaptar a nova rotina.
Usar o bom senso é sempre o melhor remédio para evitar situações embaraçosas.

Visitas
Na maternidade não visite no dia do parto, em que a mãe possivelmente estará com dor e cansada. Após isso aguarde de 15 a 20 dias e agende uma visita em casa. Alguns pediatras indicam que a criança não receba visitas até completar o primeiro mês de vida. Por isso é sempre bom ligar para os pais e saber qual a conduta. O ideal é que a visita não ultrapasse 1 hora.

Higiene
Ao chegar para visitar, seja na maternidade ou em casa, sempre lave as mãos e antebraço antes de se aproximar da mãe e tocar no bebê. 

Embora a correta higiene das mãos dispense o uso de álcool gel, se o mesmo estiver a vista, espalhe um pouco sobre a palma das mãos e e friccione uma a outra.

 Só pegue o bebê caso a mãe ofereça, algumas não gostam e precisamos respeitar esse momento.
Não coloque sua bolsa na cama da mãe e nem no berço ou trocador do bebê, do mesmo modo que suas mãos, ela também está suja.
Evite tocar nas mãos do bebê, pois eles sempre as levam à boca;
Não beije o rosto nem as mãos do bebê, prefira fazer carinho na barriga, pernas e pezinhos.

Se estiver doente não vá.
O sistema imunológico do bebê ainda está em formação e é melhor evitar qualquer contato com alguém doente. Caso você apresente febre ou sinais de infecção respiratória, tosse,  gripe, resfriado ou conjuntivite, cancele a visita. Espere melhorar e então visite o bebê.

Amamentação
Se não for uma pessoa íntima, saia do quarto no momento da amamentação. Assim deixará a mãe tranquila e a vontade, especialmente nos primeiros dias em que existem muitas dificuldades.

Não tire fotos com flash e coloque o celular no silencioso
O flash da câmera e o toque do celular são muito fortes para o recém nascido.

Evite cheiros fortes
Evite perfumes fortes se vai visitar um recém-nascido, em especial se pretende segurá-lo no colo.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

O preparo das mamas durante a gestação

Amamentar não é sempre tão fácil e simples, muitos problemas podem acontecer nas primeiras semanas até que a amamentação esteja estabelecida, as dores e fissuras nos mamilos são sempre problemas que assombram as mães. Mas existe algum preparo durante a gestação para que isso não aconteça?
Durante a gestação inúmeras modificações ocorrem no organismo materno, e com as mamas não poderia ser diferente.
Algumas alterações ocorrem preparando a mama durante os 9 meses para a amamentação, entre elas:

  • Tubérculos de Montgomery: São pequenas elevações localizadas na região da aréola. Durante a gestação eles aumentam de volume e sua secreção serve para lubrificar e proteger a pele, com efeito antibacteriano, durante a amamentação.

Tubérculos de Montgomery
  • Coloração e tamanho da aréola: Durante a gravidez, a coloração da aréola escurece e aumenta de tamanho, com a finalidade de tornar a pele mais resistente.
  • Aumento do número de alvéolos:  Através dos hormônios produzidos pela placenta (estrogênios e progesterona), ocorre o crescimento dos ductos e  a estimulação da formação de novos alvéolos (responsáveis pela produção do leite na glândula mamária).


  • Aumento da vascularização: A rede venosa que irriga a mama dilata-se durante a gestação, sendo visível através da pele.



Dicas:

  • Se possível exponha os seios ao sol da manhã (até as 10h) por 15 minutos. Os raios do sol ajudam a tornar a pele do mamilo mais resistentes ;
  • Use sutiã confortável, preferindo de algodão e com boa sustentação;
  • Não é aconselhável  esfregar buchas nos seios porque muitas exageram e causam fissuras;
  • Não faça pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite;
  • Não utilize cremes e pomadas na aréola e mamilo.
  • Os exercícios de puxar o bico do seio se mostraram ineficazes em pesquisas recentes. Mas fique tranquila, o estímulo natural através da sucção do bebê fará esse papel. Mulheres com bicos invertidos tem um pouco mais de dificuldade na amamentação, mas não é impossível. Lembrando que o bebê ao mamar deve abocanhar a aréola e não somente o mamilo.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

O leite materno

O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) pelos primeiros 6 meses de vida e complementado com outras fontes nutricionais até os 2 anos de idade. Diante dessa recomendação, podemos imaginar quantos benefícios o leite materno possui.

A boa nutrição é indispensável para o bom crescimento e desenvolvimento dos bebês. Bons hábitos alimentares perduram por toda a vida. Os benefícios do leite materno permanecem por anos após pararmos de amamentar, auxilia o bebê a se proteger contra doenças como diabetes e obesidade.

Muitas mães abandonam o aleitamento por acharem que não possuem a quantidade adequada ou que seu leite é fraco. Isso é fruto de falta de informação e de apoio tanto na gestação como após o nascimento do bebê. Menos de 1% das mulheres são incapazes de produzir leite.

Os benefícios do leite materno precisam ser divulgados. O objetivo não é julgar uma mãe que por algum motivo não conseguiu alimentar seu bebê ao seio, mas sim oferecer informação para que ela não desista e perceba o quão importante será ao seu bebê receber o leite materno.

Existem casos em que o aleitamento materno não é recomendado como, por exemplo, nos casos de mãe soropositiva para o vírus HIV, HTLV-1 e HTLV-2. Nesses casos a fórmula infantil é a alimentação recomendada.

O leite materno (LM) é muito mais do que um simples conjunto de nutrientes, ele é uma substância viva, com atividade protetora e imunomoduladora.

O leite humano reúne mais de 150 substâncias diferentes e se diferencia em:
  • Colostro: Do 1º ao 7º dia após o nascimento do bebê;
  • Leite de Transição: Do 7º ao 14º dia de vida;
  • Leite Maduro: Após o 14º dia de vida do bebê.


Cada um deles possui especificações ideais para os dias de vida do bebê, com mudança da quantidade dos seus componentes, proteínas, lipídeos e fatores de proteção.
O aleitamento materno protege as crianças de:


  • Otites;
  • Alergias
  • Vômitos;
  • Diarréia;
  • Pneumonias;
  • Bronquiolites;
  • Meningites.



Não podemos nos esquecer que mamar ao seio melhora o desenvolvimento da cavidade oral. Além dos fatores nutricionais e de desenvolvimento, o LM favorece o estabelecimento de uma ligação emocional, entre mãe e criança, o vínculo materno, sendo fonte de amor ao recém nascido. O vínculo afetivo facilita o desenvolvimento da criança e o seu relacionamento com outras pessoas.

A composição do leite materno não varia apenas de mãe para mãe, mas como na mesma mãe entre as mamas, em mamadas diferentes e até no curso da mesma mamada. O leite ideal para ser oferecido é o leite da sua própria mãe, a qualquer mamífero, o que chamamos de homólogo, o leite produzido pela sua espécie, atendendo as necessidades imunológicas e nutricionais de cada recém nascido. O leite materno possui as quantidades adequadas de cada componente, água, proteínas, lipídeos, carboidratos, o que faz dele um alimento de fácil digestão. É o único que possui fatores de proteção, hormônios de crescimento, além da melatonina que auxilia na regulação do sono. Bebês amamentados ao seio materno, em especial a noite dormem mais, pois a produção deste hormônio durante a noite é maior. O leite de vaca possui 3 vezes mais proteínas que o LM o que gera uma sobrecarga renal no recém nascido, As estruturas das proteínas são estruturalmente diferentes, embora sejam parecidas elas não são iguais e podem gerar alergias.

Diversos componentes do LM atuam no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central como a Galactose (carboidrato), Taurina (proteína) e Ácidos graxos insaturados de cadeia longa (Lipídeos).

Devido a imaturidade do sistema imunológico do bebê, a natureza desenvolveu mecanismos de proteção  pela passagem de anticorpos através da placenta, pelo fatores de resistência presentes no líquido aminiótico e na vida após o nascimento pelo colostro e leite. Fatores de proteção também são amplamente encontrados como proteínas e carboidratos que protegem a mucosa intestinal de bactérias patogênicas (causadoras de doenças), favorecendo assim a proteção contra infecções gastrointestinais.

A natureza é tão sabia que o leite de mães de bebês prematuros é diferente do bebê nascido a termo.  Seu leite é rico em proteínas, tem menor quantidade de lactose e tem mais energia.


Diante da impossibilidade do aleitamento materno, jamais deve ser oferecido o leite de vaca, que pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Neste caso, a fórmula infantil é a alimentação indicada. Formulada a partir do leite de vaca, seus componentes são modificados para facilitar a digestão do bebê e enriquecidos para oferecer os nutrientes que ele precisa a cada fase. O leite materno não pode ser copiado e o de vaca pode acarretar problemas e alergias para o bebê.




quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ingestão de água durante a amamentação

Nosso corpo possui por 65% de água, mais da metade de toda a sua composição, então, beber água é essencial para o bom funcionamento do organismo Sua presença é essencial para os processos de digestão, absorção, circulação e excreção que ocorrem no organismo, além de constituir um ótimo meio de transporte de nutrientes para as células. Participa também diretamente da regulação da temperatura corporal e auxilia os órgãos a funcionarem adequadamente. Também é importante para a manutenção da beleza.

Durante a amamentação as necessidades de água estão aumentadas, e não é para menos, afinal, o organismo além de suprir as suas necessidades precisa de água para produzir o leite, que é composto por 87% de água. Cada mãe produz em média 750 ml de leite, quase um litro em 24 horas.

Não há necessidade de beber água em excesso, mas deve-se ingerir mais do que o habitual, em média de 3 a 4 litros são suficientes.

A necessidade hídrica de cada um dependerá de alguns fatores como:
  •    O clima de onde mora;
  •    Quantidade de exercício físico;
  •    Quantidade de sal ingerido.

É natural que a mãe sinta sede ao amamentar, pois quando o bebê começa a mamar, minutos depois inicia-se a produção de leite para a próxima mamada.
  •    A dica é manter sempre uma garrafa de água por perto.

Você pode também ingerir sucos, água de coco e chá, mas eles NÃO substituem a água. É importante lembrar que frutas e verduras também são boas fontes de água.
Bebidas que contém cafeína como café, chá-mate e refrigerantes à base de cola não são contra indicados durante a amamentação, mas nada de exagero no consumo. O bebê pode ter insônia se a mãe exagerar nessas bebidas.
ATENÇÃO: Refrigerantes e bebidas alcoólicas não são recomendadas.

Sentiu sede, BEBA ÁGUA!